Dando continuidade às reflexões suscitadas anteriormente e com todos os êxitos alcançados pelo Plano Diocesano de Pastoral e pelo Projeto das Santas Missões Populares, Pe. Vileci Vidal, afirmou a continuidade da missão. Norteou o seu pensamento: “A missão continua... Igreja romeira e missionária do reino a caminho do centenário.” Sobre o PPD de 2006, no caderno de pastoral que apresenta a Igreja diocesana de Crato, pode-se encontrar dois rostos de católicos:
1. Os ligados a Igreja-povo, vendo nela uma instituição religiosa que oferece certo sentido para a vida e consolo nos sofrimentos, sendo procurada em alguns momentos de vida e sendo abandonada ou trocada por outra quando não os satisfaz;
2. Os ligados a Igreja-comunidade, são ativos nas Paróquias e nos movimentos, cuidam de sua formação religiosa, vivem a luz da fé e experimentam a força de Deus e o apoio da comunidade.
Conclui:
· Desafio: O imperativo de se aceitar certa diversidade na liturgia, na catequese, na formação religiosa, na atividade eclesial.
Para superar sugeriu:
· Pista: A necessidade de um efetivo diálogo intraeclesial para fortalecer os relacionamentos na igreja e da igreja com a sociedade.
Da crise civilizacional, surge o projeto das Santas Missões Populares: Crise Ecológica, degradação do meio ambiente, desmatamentos, aumento da poluição; Crise Econômica, exploração das frágeis economias, abuso do poder do consumo; Crise Energética, faltou um política que visse o crescimento do país; Crise Alimentar, onde as crianças norte-americanas comem cinco vezes o que uma da África; Crise do Trabalho, poucas oportunidades de emprego por causa do desemprego estrutural; Crise Ético-cultural, desrespeito às minorias.
Apresentou os critérios para que uma comunidade de base seja considerada eclesial:
1. Vocação de cada cristão à santidade, favorecida e engajada pela unidade íntima entre a vida prática e a própria fé;
2. A responsabilidade em professar a fé católica;
3. O testemunho de uma comunhão sólida com o Papa, o Bispo, o Pároco e os membros da Paróquia em Rede de Comunidades;
4. Participação na fidelidade apostólica da igreja como discípulo e missionário de Jesus na evangelização e santificação das pessoas;
5. Participação na fidelidade apostólica da igreja como discípulo e missionário de Jesus na evangelização e santificação das pessoas;
6. O empenho de uma presença na sociedade a serviço da dignidade integral a pessoa humana, mediante a participação e solidariedade, para construir condições mais justas e fraternas.
Neste caminhar não podemos nos esquecer:
1. A riqueza evangelizadora presente na religiosidade popular, como maneira legítima de viver a fé, modo de sentir-se igreja e forma de ser missionário;
2. Da urgência de uma forte e incisiva animação bíblica de toda a pastoral, por meio da qual as comunidades se tornam ainda mais escolas, de conhecimento e interpretação da Sagrada Escritura, quanto de oração e vivência.
Neste sentido, três aspectos se destacam:
1. A diversidade ministerial, onde todos, trabalhando em comunhão, manifestam a única igreja de Cristo nos serviços da ação pastoral, missão popular, da vida litúrgica e outras formas de apostolado segundo as necessidades locais, sob a orientação de seus pastores;
2. A formação dos conselhos e seu funcionamento nos âmbitos pastoral e administrativo-financeiro, envolvendo os leigos no planejamento, na execução e na avaliação de tudo que a comunidade vive e faz;
3. A articulação das ações evangelizadoras, considerando a diversidade de carismas e métodos evangelizadores e evitando a fragmentação, o desperdício de forças e recursos.
Terminando sua colocação, assim falou, Pe. Vileci Vidal: “Atuando em paróquias que vão se tornando cada vez mais comunidade de comunidades, estes diversos ministérios, em comunhão com a igreja diocesana na qual estão inseridos, tornam-se instrumentos indispensáveis para a atuação missionária”. Em seguida propôs quatro perguntas para serem refletidas em grupo por foranias: 1) o que são as CEBs, e quais os novos desafios que elas enfrentam hoje; 2) que destaque podemos dar às CEBs em seu percurso histórico e experiências dos Intereclesiais? 3) que tipo de experiências se tem nas CEBs, expressa pela eucaristia, pela palavra de Deus e pela participação de seus membros nos movimentos sociais?; e 4) qual a função da matriz na formação da paróquia em rede de comunidades?
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