Diocese


A Diocese de Crato é uma divisão territorial da Igreja Católica no estado do Ceará. Sua sede é a Catedral de Nossa Senhora da Penha no município do Crato.
Foi criada em 20 de outubro de 1914 pelo Papa Bento XV através da bula papal Catholicae Ecclesiae, sendo desmembrada do território da Diocese do Ceará (hoje Arquidiocese de Fortaleza). Em 28 de janeiro de 1961, cedeu parte de seu território para a criação da Diocese de Iguatu.

2. Contextualização eclesiástica e geográfica


Crato, junto com a Arquidiocese de Fortaleza e as Dioceses de Sobral, Iguatu, Itapipoca, Limoeiro do Norte, Tianguá, Quixadá e Crateús, compõem o Regional NE 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, compreendendo o Estado do Ceará. Situa-se no extremo sul do Estado do Ceará, limitando-se com as dioceses de Iguatu (Ceará), Cajazeiras (Paraíba), Afogados da Ingazeira e Petrolina (Pernambuco), Picos (Piauí). A sede da Diocese e algumas cidades situam-se no Vale do Cariri e Chapada do Araripe (área marcada pelo verde da vegetação, solo esponjoso calcáreo, camadas superiores do sub-solo de arenito, considerável número de fontes) e sertão que a circunda. A Diocese de Crato compreende os municípios de: Abaiara, Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Aurora, Baixio, Barbalha, Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Granjeiro, Ipaumirim, Jadim, Jati, Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Nova Olinda, Porteiras, Potengi, Penaforte, Salitre, Santana do Cariri, Tarrafas, Umari e Várzea Alegre. Estão organizados em cinco Regiões Forâneas.
Compreende uma superfície total de 17.648,4 km2.
População: 977.350 habitantes.
Densidade populacional: 55,37 hab/ km2

3. Contextualização histórica
A presença da Igreja Católica no Cariri, região Sul do Ceará, remonta ao século XVIII. No entanto, é com a criação da Diocese de Crato que essa presença se torna mais forte e mais profícua. A Diocese foi criada num momento em que o Cariri passava por fortes tensões políticas, sociais e religiosas, conforme abordamos anteriormente. Por outro lado, a Igreja Católica no Brasil, nesse momento, vinha de um longo processo de romanização, levado a cabo no século XIX, a partir de 1840, com o objetivo de enquadrar o catolicismo brasileiro, sobretudo sua vertente popular, nos moldes romanos. No Ceará, a única Diocese, a de Fortaleza, já não dava conta da imensa tarefa que lhe cabia: cuidar da evangelização de todo o povo cearense. Pensada e desejada desde1908, segundo iniciativas de Pe. Cícero Romão Batista, a Diocese de Crato foi criada pela Bula “Catholicae Eclesiae”, de Sua Santidade o Papa Bento XV, datada de 20 de outubro de 1914. Foi desmembrada da Diocese de Fortaleza, compreendendo vinte e uma paróquias: Crato, Barbalha, Missão Velha, Jardim, Brejo Santo, Milagres, Aurora, Lavras, Umari, Icó, Iguatu,, São Mateus (Jucás), Saboeiro, , São João dos Inhamuns, Flores, Cococi, Arneiroz, Araripe, Assaré, Várzea Alegre e São Pedro do Cariri (Cariaçu). Dom Manoel da Silva Gomes, Bispo Diocesano de Fortaleza, foi nomeado Administrador Apostólico da Diocese de Crato que, por sua vez, nomeou Monsenhor Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva Vigário Capitular da mesma. Posteriormente, a 10 de março de 1915, Monsenhor Quintino foi nomeado primeiro bispo diocesano de Crato. A instalação da Diocese se realizou no dia 1º de janeiro de 1916.


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